Tratamento

Tratamento de
urologia masculina

< Voltar para o menu

Incontinência Urinária e Bexiga Hiperativa

O que é incontinência urinária?

É a perda involuntária de urina ocasionando efeito devastador sobre a qualidade de vida e autoestima.

Como é causada?

Para melhor entender a incontinência urinária (IU), é importante saber como funciona o trato urinário e como nós controlamos a micção. A urina é formada por água e resíduos removidos do nosso corpo pelos rins. A urina excretada pelos rins desce por um par de tubos, chamados de ureter, até chegar na bexiga. A bexiga é um reservatório similar a um balão que armazena urina. Assim como um balão, a bexiga é elástica, podendo ser enchida e esvaziada. A maioria das pessoas possui completo controle sobre esse armazenamento e esvaziamento, ou seja, a pessoa permite um enchimento de aproximadamente 400 ml e depois esvazia a bexiga em um local adequado, sem que ocorram perdas. A urina deixa a bexiga por um outro canal chamado de uretra.

Para esvaziar a bexiga é necessária uma coordenação entre o músculo da bexiga e os músculos que fecham a uretra (como se fossem uma torneira). Estes músculos são chamados de esfíncteres e estão localizados na base da bexiga e na parede da uretra. Quando seu esfíncter relaxa, ele libera a passagem de urina. No mesmo momento, o músculo da bexiga contrai, expulsando a urina para fora da bexiga. Quando você termina de urinar, os esfíncteres se fecham e a bexiga para de contrair.

Quando ocorre alguma disfunção na uretra (esfíncter) e/ou na bexiga, pode surgir a incontinência urinária. Desta forma, podemos identificar duas principais causas para o surgimento da IU: a primeira, relacionada com problemas da uretra, e a segunda, relacionada com problemas da bexiga. Problemas no fechamento uretral (esfíncter) em geral levam à incontinência urinária relacionada a esforços como tossir, espirrar, correr, levantar peso, etc. Dentre os problemas mais comuns relacionados com a bexiga, destacamos a bexiga hiperativa. Pessoas com bexiga hiperativa, em geral, apresentam uma diminuição da capacidade vesical, necessitam ir ao banheiro mais do que 8 vezes em 24 horas, acordam várias vezes para urinar a noite e tem urgência miccional (desejo súbito e imperioso de ir ao banheiro), sendo que muitas vezes não conseguem chegar a tempo e perdem urina no caminho.

Qual a idade em que a doença acomete mais as pessoas?

A incontinência pode acometer pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, sendo mais prevalente em mulheres do que em homens e em pessoas acima de 60 anos. A incidência de incontinência aumenta com a idade, podendo acometer 20 a 30% das pessoas acima de 60 anos.

Existe alguma estimativa populacional de portadores da doença?

Um estudo do povo norte-americano estimou que 12 milhões de pessoas sofrem de IU naquele país. Estima-se que 200 milhões de pessoas vivam com incontinência ao redor do mundo e que entre 20 e 30 por cento das pessoas acima de 60 anos que vivem em ambiente domiciliar apresentam algum grau de incontinência. Entretanto, o número exato de pessoas acometidas pode ser muito maior do que as estimativas atuais, porque muitas pessoas não procuram ajuda por vergonha, por acharem que o problema é consequência normal do envelhecimento ou ainda por acharem que não existe tratamento.

Existe tratamento? Qual?

É importante ressaltar que incontinência urinária tem várias formas de tratamento disponíveis. Um especialista qualificado pode recomendar o tratamento adequado para cada tipo de incontinência urinária. As formas de tratamento podem variar desde uma simples mudança nos hábitos higiênico-dietéticos até cirurgias complexas. Como exemplos de alternativas para o tratamento da incontinência urinária, podemos citar:

  • Terapia comportamental e tratamentos conservadores: consistem em orientações sobre o funcionamento da bexiga e da musculatura pélvica, mudanças comportamentais no hábito urinário e exercícios passivos e/ou ativos para a musculatura do assoalho pélvico. Esses exercícios visam fortalecer o esfíncter uretral para diminuir as perdas. Alguns exercícios são realizados com auxílio de eletroestimulação que também tem ação sobre os nervos do assoalho pélvico podendo ajudar pacientes com bexiga hiperativa.
  • Medicamentos: existem medicamentos para relaxar a musculatura da bexiga (diminuir a hiperatividade), mas existe medicamento eficiente para aumentar o tônus dos esfíncteres.
  • Cirurgias: existem várias cirurgias para o tratamento da incontinência urinária. No entanto, essa cirurgia deve ser individualizada e realizada para cada caso específico. A realização de uma cirurgia não adequada pode piorar o problema. Por isso, você deve sempre procurar um especialista ou uma segunda opinião e informar-se sobre todos os riscos e benefícios que o tratamento cirúrgico pode lhe oferecer.
  • Outras opções: alguns materiais podem ser injetados na uretra aumentando a resistência uretral à urina. Apesar de ser um procedimento relativamente simples, não deixa de ser um procedimento cirúrgico, necessitando de todos os cuidados do mesmo.
  • Marca-passo da bexiga: essa nova terapia é chamada de Interstim e consiste no implante de um marca-passo próximo aos nervos que vão para a bexiga. Essa tecnologia tornou-se disponível no Brasil em 2005, mas nos últimos 2 anos foi incorporada no rol da ANS, sendo autorizada com mais facilidade pelas operadoras de saúde.

Hoje, no Brasil, homens e mulheres com ou sem problemas neurológicos associados têm disponível o que há de melhor no mundo em termos de tratamento da incontinência urinária, distúrbios da micção e distopias pélvicas. Procure um médico habilitado para aconselhamento.