Tratamento

Tratamento de
urologia feminina

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Cistite Intersticial

O que é:

Cistite intersticial é uma condição tratável, mas essencialmente incurável, que se manifesta por dor pélvica crônica e aumento da frequência urinária que ocorre na ausência de qualquer etiologia conhecida. Esta condição permanece um enigma no campo da urologia.

Sintomas:

Ocorrendo predominantemente em mulheres, com cerca de 10% dos casos sendo masculinos, a cistite intersticial é denominada por alguns como bexiga dolorosa e inclui um grande grupo de pacientes com dor na bexiga e uretra, necessidade de acordar à noite para urinar, necessidade de correr para o banheiro para urinar (urgência miccional), necessidade de ir ao banheiro mais do que 8 vezes por dia, ardor para urinar e ausência de infecção urinária.

A CI é uma doença bastante antiga. Em 1951, um estudioso escreveu em uma revista médica: “Nós todos encontramos, uma vez ou outra, pacientes que sofrem cronicamente devido suas bexigas; esses pacientes são aqueles que estão sofrendo, não esporadicamente mas constantemente, tendo que urinar com muita frequência a todos os momentos do dia e da noite, sofrendo com dores todas as vezes que urinam. Nós todos sabemos como esses penosos pacientes estão infelizes e como esses desagradáveis sintomas influenciam na saúde geral, a princípio fisicamente e com o passar do tempo mentalmente”. Esta descrição mostra bem como a pessoa com cistite intersticial sofre com a doença.

Suscetibilidade:

Estimativas de quantas pessoas apresentam esse problema são difíceis de serem realizadas, mas acredita-se que entre 250-500 mil pessoas sofrem com esse tipo de problema nos Estados Unidos. A idade de início é por volta de 40 anos. Os sintomas podem desaparecer totalmente por mais ou menos 8 meses e depois recorrerem.

Causas:

Não se sabe ao certo o que leva uma pessoa a desenvolver CI. O que se concorda mundialmente é que ela é uma síndrome multifatorial. Atualmente, vários estudos sugerem que a CI é uma síndrome onde componentes neuronal, imune e endócrino apresentam um papel na ativação de células MAST (células que desencadeiam resposta inflamatória).

Diagnóstico:

O diagnóstico adequado é peça chave para tratamento e orientação do paciente com bexiga dolorosa. Por isso, você deve procurar um especialista que esteja habituado a tratar este tipo de problema. Para se fazer o diagnóstico, é preciso excluir várias doenças que possam levar a sintomas parecidos. Sendo assim, seu médico solicitará vários exames.

Tratamento:

O tratamento da CI consiste em aliviar os sintomas. Não existem evidências de alguma forma de tratamento que possa curar esta condição. Por isso, para melhor resultado terapêutico, ambos o paciente e o médico devem entender que não existe uma cura certa ou uma simples forma de tratamento que resolva os sintomas de todos os pacientes. Geralmente, várias drogas com variadas combinações são necessárias para se atingir um resultado satisfatório. Desta forma, encontrar a melhor opção terapêutica depende de uma boa relação do médico-paciente por meio de uma conversa clara e franca sobre a doença.

Dentre as opções terapêuticas estão:

  • Hidrodistensão;
  • Restrições alimentares tais como cafeína, álcool, alimentos ácidos, etc;
  • Medicamentos (antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, pentosanpolisulfato de sódio- análogo da heparina, analgésicos);
  • Tratamento com drogas por instilação no interior da bexiga (DMSO, ácido hialurônico, BCG, oxibutinina, Capsaicina, Resinaferatoxina);
  • Tratamento cirúrgico.